Aquela luz fraca da sala de estar
O relogio de parede que toca a cada hora
Quebra o silencio que predomina o lugar
Me fazendo esqueçer da chuva lá fora
Há anos tive esse sentimento
A nostalgia do que aconteçeu
ocupa meus atuais pensamentos
Revisa oque o destino já escreveu
Vejo a criança que um dia fui
Faço esforço para subir no sofa gigante
Olho para o vulto que passa na luz
Meus grandes olhos encaram aquele monte falante
Me pega no colo e mexe no meu cabelo
Tia, avó, prima, não consigo recordar
Aperta minhas grandes bochechas e me chama de belo
E prevendo o futuro, morde meu nariz e diz que dela eu não irei lembrar
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